Sistematização das entrevistas
Foi realizada uma entrevista com a população para melhor compreender a visão deles sobre a cidade, abaixo o link para as entrevistas feitas em Diamantina:
Depoimento 01 Entrevistados: André, Vitor, Roberto São todos moradores de Diamantina
- Moram por áreas diversas da cidade. Um deles mora no centro histórico, porem, não gosta do ambiente, por ser tomada por um povo chato e "antigo.
- Existem parentes em toda região da cidade, afirmam que as relações familiares e de vizinhança são muito próximas e antigas
- Vivem desde novos na cidade, já se consideram diamantinenses
- Se dizem "desempregados" ou "empresário", mas se "deduraram" como garimpeiros ilegais. Nessa parte criticaram o Estado e as governanças públicas por não geraram empregos e serem corruptos.
- Não conhecem muito da história da cidade, mas afirmam que a cidade ainda preserva muito do conteúdo cultural.
- No tempo livre aproveitam para beber em barzinhos, visitar cachoeiras do Milho Verde e Biriri. Algumas vezes frequentam as festas universitárias. Quanto a festivais, não sabiam da existência de um, porém, um deles chegou a citar o do Festival de inverno, mas não sabia se o evento ainda acontecia na cidade.
- afirmam que a casa da Glória é uma instituição turística, eles não convivem ou conhecem a história da casa. A mãe de um deles até estudou lá, porém, não contava muito sobre a casa para o filho.
- A mãe desse mesmo senhor estudou por cerca de 2 anos, no entanto ela teve que sair da escola por conta das baixas condições financeiras. Para sua família era insustentável a manutenção da filha na escola. Logo, ela retornou a sua casa de campo (perto de Milho Verde, 40km) e passou a trabalhar lá, mesmo ainda pequena.
- Mora na cidade desde de pequeno.
- Conhece a casa da Gloria, mas não sabe muito sobre a história da instituição ou ocupar o espaço. Acha que o espaço tem potencial de habitação, mas não é muito ocupado por questão de desinteresse, acredita que o ambiente pode ser melhor ocupado se voltado para atividades com crianças, pois a cidade é pobre em lazer infantil. Critica as praças da cidade por não acolherem muito as crianças.
- Conhece alguns ex estudantes da Casa da Gloria, mas não se tornou imerso na história.
- Crítica a prefeitura por não incentivar o consumo de cultural, sente que o espaço é desperdiçado e mal frequentado. O investimento cultural é fraco
- Não acredita que o distanciamento e mobilidade urbana sejam fatores de exclusão cultural. Mas afirma que a Casa da Gloria é mais conhecida mais pelos turistas do que pelos próprios diamantinenses.
- Diz que o movimento na cidade é escasso e apenas os barzinhos "sustentam" a cidade.
- por fim critica o funcionamento das instituições públicas por não serem muito acessíveis, afirma que nem sempre estão abertas ou funcionando.
- A entrevistada não se identificou. Nasceu em Araçuaí, mora em diamantina há 4 anos. Ocupação: Estudante de nutrição, 21 anos, costuma ir para festas no armazém, em repúblicas, frequenta o Bar do Amendoim, Mercado. Diz que há só isso pra fazer na cidade. De acordo com a entrevistada, não conhece nada da história de Diamantina, apenas que Jucelino viveu lá. Diz que tem associação de produtores rurais, mas não sabe ao certo. Assiste televisão em seu tempo livre e vai em festas, bebe. Os moradores não têm relação com a casa da glória. "Povo" vem e se hospeda lá; foi lá duas vezes e viu ninguém. Sabe que há aula de teatro, não conhece histórias, apenas que moravam freiras. Diz que não há nada perto da casa da Glória, apenas repúblicas próximas. Usaria a parte externa da casa para uma festa, casa de lazer, piquenique, encontrar os amigos, roda de conversa.
- Entrevistada não se identificou. Veio de BH, é turista e não possui parentes na cidade. Sabe a história da Chica da Silva, mas duvida de sua veracidade. Visitou o museu do Diamante, Igreja do Rosário e no seminário. Pretendem ir na casa da Glória, não sabe sobre a história, mas se interessaram em saber. Usariam a parte externa da casa para sentar e pensar. Caixa d'água lembra piscina.
Depoimento 05
Nome do entrevistado: Lucas Felipe
Idade: 22 anos
Sexo: masculino
Morador da cidade
- Ir a festas, ir no armazém e na igreja
- Não sabe de quase nada da história da cidade
- Vai a igreja, que é um lugar de encontro dos moradores
- Fica mais em casa, quase não sai
- A casa da gloria não é muito importante, é considerada só como um ponto turístico
- Não sabe o que tem pra fazer perto da casa da glória
- Reconhece o portão e sabe onde fica, mas não sabe pra que é usado nem como poderia ser usado
Depoimento 06
Nome do entrevistado: Gustavo Jeronimo
Idade: 20 anos
Sexo: masculino
- Mora na cidade há duas semanas, estudante
- Chegou há pouco tempo então só conhece alguns pontos turísticos
- Conhece a história da Casa da glória e da Chica da Silva
- Não sabe
- Não conhece a cidade ainda
- Importância histórica, cultural e de atração turística
- Sabe que fica na garagem e que é a entrada de serviço
Depoimento 07
Nome do entrevistado: Raimunda
Idade: 83 anos
Sexo: feminino
Ex aluna do colégio Nossa Senhora das Dores, que funcionava na Casa da Glória
- Fica muito em casa e vai à igreja às vezes
- Sabe muito sobre a história da Casa da Glória, “é o cartão postal da cidade, ali tem muita história, muita mulher importante passou por lá”
- Ir à igreja
- Não costuma sair de casa
- Tem uma importância muito grande por causa do vínculo sentimental e das memórias que tem de lá
- Lembra da época que estudava no colégio nossa senhora das dores, que havia as internas e as externas, que era um sistema muito rígido, que o passadiço era pra ser usado pelas internas, para não passarem na rua e lembra-se da disposição dos cômodos da casa (capela, salas de aula, sala da diretora, salão de festa, pomar, quadra de esportes...).
- Recomenda os pontos turísticos da cidade e Rua da Glória
- Sabe que é o portão de serviço hoje em dia e diz que antigamente aquele lugar era a cozinha da casa
Depoimento 08
Nome do entrevistado: Lucas Felipe
Idade: 22 anos
Sexo: masculino
Morador da cidade
- Ir a festas, ir no armazém e na igreja
- Não sabe de quase nada da história da cidade
- Vai a igreja, que é um lugar de encontro dos moradores
- Fica mais em casa, quase não sai
- A casa da gloria não é muito importante, é considerada só como um ponto turístico
- Não sabe o que tem pra fazer perto da casa da glória
- Reconhece o portão e sabe onde fica, mas não sabe pra que é usado nem como poderia ser usado.
Depoimento 09
Entrevistada: Thaís, universitária, vive em Diamantina há dois anos;
- Frequenta mais na cidade a faculdade, e no tempo livre vai ao Armazém, ao Mercado e a festas ou fica em casa;
- Sobre a história da cidade tem conhecimento de que:Juscelino Kubitschek viveu nela; há "lugares assustadores" na cidade por causa da antiga presença de escravos, o que deixa Diamantina com um "espírito carregado" por causa dos sofrimentos pelos quais passavam;
- Desconhece a relação entre moradores. Os moradores tradicionais não mantém relação com os universitários;
- Não possui uma relação com a Casa da Glória. Sobre a história sabe que o passadiço foi construído pro causa das freiras que viviam na casa;
- Identifica perto da Casa da Glória a UFVJM, a UEMG, prefeitura, hemominas;
- Reconheceu o local da foto (portão) apenas por fora;
- Mencionou a falta de tempo e interesse das pessoas quanto à história da cidade;
Depoimento 10
Entrevistados: Marcos e Mário, universitários;
- Frequentam em Diamantina a faculdade, e nas horas vagas o centro;
- Conhecem sobre a cidade o fato de Juscelino Kubitschek ter vivido nela, a história de Xica da Silva, e que em alguns muros do centro há esqueletos de escravos;
- Desconhecem relação entre moradores da cidade;
- Não possuem muita relação com a Casa da Glória, nunca visitaram. Sobre a história conhecem o fato de que foi um colégio de meninas;
- Conhecem perto da Casa da Glória o Campus I da UFVJM, a Santa Casa, Igreja da Luz e Museu;
- Reconheceram o portão mostrado na foto, quando aberto permitiu que vissem o interior da casa. Acreditam ser possível o acesso da população à casa;
Depoimento 11
Entrevistado: Augusto, adolescente;
- Frequenta na cidade a escola,e nas horas vagas vai à academia, centro, Mercado e restaurantes;
- Afirmou não ter conhecimento sobre a cidade;
- Identificou relação entre os moradores em projetos da ordem Demolay, como eventos beneficentes para arrecadar fundos. Também mencionou o fato de a prefeitura ter contruibuído financeiramente para viagens de competições esportivas que participa;
- Já visitou a Casa da Glória, se recorda de imagens bonitas na casa (pinturas);
- Relatou que próximos à Casa da Glória há faculdades e colégios;
- Reconheceu o lugar da foto e disse ter eventos naquela área;
Depoimento 12
Entrevistado: José Ângelo, adulto morador de Diamantina, trabalha na cidade;
- Frequenta o trabalho e disse não fazer nada no tempo livre;
- Conhece o fato de a cidade histórica ter tido escravos;
- Relatou haver uma boa relação entre os moradores de Diamantina;
- Já visitou a Casa da Glória. Sobre a história diz que a casa foi um internato de freiras. O entrevistado conhece o ex-diretor da casa mas não tem conhecimento de trabalhos que ele poderia ter realizado no local, apenas que ajudavam os necessitados (o ex-diretor enquanto atuava na casa da Glória ajudou a mãe do entrevistado doando a ela uma cadeira de rodas);
- Relata que perto da Casa da Glória há o Colégio Nossa Senhora das Dores;
- Reconheceu o lugar da foto e disse que poderia ser mais bem aproveitado. Sabe que visitas podem ser feitas no lugar;
- Mora perto da Casa da Glória mas diz não reparar no edifício. Comentou da má administração da cidade e como há muita pobreza em Diamantina. Diz que a Casa não tem utilidade para a cidade além do fim turístico;
Depoimento 13
José, adulto, mora e trabalha em Diamantina;
- Relata que a Casa da Glória era a residência de um senhor de escravos que era muito rico e ele foi quem construiu o passadiço. Posteriormente o edifício foi um convento e as irmãs fizeram um colégio;
- Segundo o entrevistado, as pessoas da cidade não conhecem a história, apenas as pessoas mais antigas sabiam;
- A faculdade perto da Casa da Glória teve início por causa de um garimpeiro do Rio de Janeiro que se instalou na área de garimpo em Diamantina;
- O entrevistado também relata que a cidade ainda possui tesouros escondidos;
- Sobre a igreja perto da casa da Xica da Silva, o sino da Igreja está nos fundos pois assim Xica, em sua condição de escrava, poderia frequentar o local, e ela mudou a posição da torre de acordo com o que lhe convia;
- Menciona o fato de que os pais costumavam contar histórias assustadoras sobre assombrações nas ruas para que as crianças não saíssem de casa;
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